Governador do Amazonas diz que não foi à CPI da Covid devido à crise na segurança do estado

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou que apesar da sua defesa ter entrado com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), ele não compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid devido à crise na segurança pública no estado nos últimos dias.

No fim da noite desta quarta-feira, 9, a ministra do STF, Rosa Weber, concedeu habeas corpos ao governador, que retirou a obrigação de que ele comparecesse à Comissão, já que está na condição de investigado pela Polícia Federal. Ele é suspeito de participação em esquema de desvio de recursos destinados ao enfrentamento da pandemia.

“A ministra tomou a decisão e facultou a minha participação na CPI. Eu optei por não ir, em razão de todos esses episódios que têm acontecido no Amazonas. Eu preciso estar junto à população e coordenar ações na área de segurança. O povo precisa de mim aqui neste momento”, disse Wilson Lima em nota enviada à CNN Brasil.

O governador, que estava na lista daqueles que assinaram a ADPF para tentar barrar a convocação de governadores, acrescentou que o Congresso Nacional não tem competência para convocar chefes do Executivo e que é necessário o respeito à “independência dos poderes”.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), garantiu que o Senado vai acionar a procuradoria para recorrer da decisão do Supremo. Aziz é ex-governador do Amazonas e tem se manifestado firmemente sobre o assunto.

O senador lamentou que Wilson tenha perdido a “oportunidade” de esclarecer aos brasilerios e amazonenses o que aconteceu no caos em Manaus, com a falta de oxigênio que resultou na morte de pessoas por asfixia.

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